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sábado, 3 de abril de 2010

A PÁSCOA COMO RENASCIMENTO INTERIOR

UM PROCESSO CIRCULAR DE RENOVAÇÃO DE VIDA



...Jesus ensinava sobre a ressurreição e a descrevia como algo que estará ao alcance - algum dia - de todos aqueles que percorrerem o “caminho estreito”. Mas o que é, exatamente, ressurreição?

Há vários níveis de resposta para esta pergunta. Vejamos dois deles. Por um lado, a grande ressurreição constitui um projeto de longo prazo. Ela é a libertação espiritual completa, a iluminação definitiva, alcançada apenas por grandes sábios depois de percorrerem, como Jesus, “todo o ciclo da iniciação”, um processo que envolve repetidas encarnações.

Por outro lado, existe também uma modalidade de ressurreição que está apenas um passo à nossa frente. Podemos vivê-la em pequena escala e no estágio de desenvolvimento em que estamos. Esse é um detalhe decisivo. Toda longa caminhada deve começar com um primeiro e pequeno gesto feito exatamente onde o indivíduo está...

A celebração da Páscoa – um costume seguramente pré-judaico e inter-religioso - constitui uma prova viva de que a evolução da alma se dá em comunhão com o ciclo anual do Sol, e de que coincide com o ciclo das grandes iniciações da filosofia oriental.

Os ovos de Páscoa são herança dos festivais pagãos da primavera do hemisfério norte. Eles simbolizam o renascimento da vida em toda sua variedade. Já a presença do coelho nesse “festival de renascimento” pertence à cultura egípcia. A lebre era símbolo da fertilidade e representava a periodicidade dos ciclos naturais da vida. A tradição afirmava que o coelho costuma esconder ovos de Páscoa para as crianças procurarem.


As crianças estão ligadas à Páscoa e, de fato, elas são símbolos indiscutíveis do recomeço da vida. Internamente todo ser humano é como uma criança até o final da sua existência, porque há nele algo que está sempre renascendo. Quando o indivíduo passa a ser consciente disso, ele vive mais diretamente a primavera permanente que se oculta em cada uma das quatro estações do ano. E isso não é tudo. Ele também vive com mais eficiência o ciclo maior das quatro idades de uma vida completa.


O outono simboliza a maturidade. O inverno é a velhice. A primavera é a infância, e o verão, a juventude. As quatro idades são igualmente importantes. Não basta ser como crianças para ter acesso ao reino dos céus, isto é, à consciência nirvânica. Para alcançar a iluminação e receber a bênção eterna, é preciso viver simultaneamente as quatro estações do ano a cada dia.

Deve-se combinar a generosidade e a capacidade de aprender, que caracterizam a primavera, com a força e a coragem do verão, que simboliza a juventude. A maturidade do outono, assim como a sabedoria e a humilde renúncia que são típicas do inverno, constituem características igualmente importantes para quem quer viver a Páscoa de modo completo...

Parte do texto de Carlos Cardoso Aveline.
Texto completo em : http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=168

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